Deslocada, exilada
Emigrante de mim
Voltando à terra sinto-a acordada
De um sono longo, letárgico, sem fim...
(-Quando eu nasci
Em branda hora de lua
A minha Mãe, que já não está aqui
Levou-me ao rio Tua
e disse: -, é para ti
Nele lavarás os sonhos
Minha filha
Nas suas margens te farás mulher
Das ilusões constrirás a ilha
Onde só volta quem o merecer...
Segui o rio, vim parar ao mar
Mas fiquei transmontana no falar
Na claridade da saudade viva
Na franqueza
E na lírica, proféctica, atitude
De me manter fiel à Natureza!)
A ponte ardia em luz
O firmamento escuro
Perdia-se, alastrando pelo mundo
E o povo, tão bonito!
Extasiado
Dava, sem saber
A sua força ao mito
De permanecer:
O mito da raiz
Dos cerros e dos montes
Do olival feliz
Das hortas e das fintes
Das romarias quentes dos sentidos
E outras
Em que corpos e almas são erguidos
Na tradição que encerra
A ancestral beleza desta terra!
( -Regresso agora já gasta do esforço
De uma vivência longa, entretecida
De netos e de risos
Alegorias, lutos, solidão
Ajoelho no chão
E, comovida
Retomo essa magia
Dos loiros anos em que tudo é novo
E sinto a alegria
De ser povo
De pertencer a esta gente boa
Que luta por um sonho que lhe é caro
Pois nunca poderá haver Lisboa
Que valha uma Senhora do Amparo!)
quinta-feira, 28 de novembro de 2013
terça-feira, 12 de novembro de 2013
--- ALOR ---
PERDIDA NO SILENCIO DA COUTADA
AVE CANORA, Á QUAL O ALOR FALTA.
COBERTAS PELA RAMADA
AS ASAS, NA ÁRVORE MAIS ALTA.
NÃO CANTA, NÃO VOA E NÃO FINGE
SEU GEITO CIRCULAR, MARCANDO O NINHO,
UM SER AMORFO QUE JÀ NÃO ATINGE
A SENSUAL FRESCURA DO CARINHO...
VOO CORTADO PELA INTRANSIGENCIA
DE UM SONHO QUE AFINAL ERA TÂO SÉRIO!
CAIEM NO CHÂO AS PENAS DESPREZADAS
DA ULTIMA ILUSÃO
E DO MISTÉRIO...
O SEU LAMENTO AINDA ESTREMECE
DENTRO DA LUZ
QUE LENTA A ANUNCIA
SÓ TEM O QUE MERECE
QU M TODO SE ANUNCIA...
AVE POETA
DA VIDA FAZ LIÇÃO
POIS TARDE DESCOBRIU
QUE A LINHA RETA
JAMAIS VENCE A RAZÃO...
ESPERA AGORA... SÓ... DETERMINADA
O TIRO MAIS CERTEIRO DA COUTADA!!!
AVE CANORA, Á QUAL O ALOR FALTA.
COBERTAS PELA RAMADA
AS ASAS, NA ÁRVORE MAIS ALTA.
NÃO CANTA, NÃO VOA E NÃO FINGE
SEU GEITO CIRCULAR, MARCANDO O NINHO,
UM SER AMORFO QUE JÀ NÃO ATINGE
A SENSUAL FRESCURA DO CARINHO...
VOO CORTADO PELA INTRANSIGENCIA
DE UM SONHO QUE AFINAL ERA TÂO SÉRIO!
CAIEM NO CHÂO AS PENAS DESPREZADAS
DA ULTIMA ILUSÃO
E DO MISTÉRIO...
O SEU LAMENTO AINDA ESTREMECE
DENTRO DA LUZ
QUE LENTA A ANUNCIA
SÓ TEM O QUE MERECE
QU M TODO SE ANUNCIA...
AVE POETA
DA VIDA FAZ LIÇÃO
POIS TARDE DESCOBRIU
QUE A LINHA RETA
JAMAIS VENCE A RAZÃO...
ESPERA AGORA... SÓ... DETERMINADA
O TIRO MAIS CERTEIRO DA COUTADA!!!
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
Regresso
DEIXAS-ME POR VIVER
REGRESSO SEMPRE AO LUGAR
EM QUE DESCIAS
COMIGO
A RAMPA DO SILENCIO
HÀ QUE MORRER MATANDO
SE COMPRAZ
O LENTO RESPIRAR DA PAZ
NO PENSAMENTO
SÒ FALTA ADIVINHAR
COMO PARAR
O TEMPO!
REGRESSO SEMPRE AO LUGAR
EM QUE DESCIAS
COMIGO
A RAMPA DO SILENCIO
HÀ QUE MORRER MATANDO
SE COMPRAZ
O LENTO RESPIRAR DA PAZ
NO PENSAMENTO
SÒ FALTA ADIVINHAR
COMO PARAR
O TEMPO!
segunda-feira, 9 de setembro de 2013
"A Festa"
Neste silêncio arrabaldado e frio
Onde numa chuvada se acoitou
O céu ficou vazio
Mas continuou...
Entre as paredes deste lar cativo
Nem uma voz se escuta,
Paira o sentido da vida
Numa luta, que se afigura, extreme
Na hora de seguir, prendendo o leme.
Lá fora, o povo tenta seduzir
O tempo, que lhe oferece diversão
Em breve vão luzir
Engalanadas ruas de ilusão!
Há muita mocidade
Jóvens ainda, conscientes disso
Procurando usar a sua idade
Prestando-se ao serviço de gozar
Sua frescura, alegria e viço...
Triste gozo, que, em claras gargalhadas
Nos dão a sensação de "de ja vue"
Já nós fomos assim, ovelhas tresmalhadas
De coração incerto e sentimento cru
É festa uma semana, muito pouco
Esquecem-se agruras em que mergulharam
Aqueles, que, como nós, num grito rouco
Lembramos outras festas que passaram
Tudo vai terminar
Sem luzeiros, farturas, variedade
Ficará a cidade a dormitar
Nos braços de quem sabe o que é saudade!!!
Onde numa chuvada se acoitou
O céu ficou vazio
Mas continuou...
Entre as paredes deste lar cativo
Nem uma voz se escuta,
Paira o sentido da vida
Numa luta, que se afigura, extreme
Na hora de seguir, prendendo o leme.
Lá fora, o povo tenta seduzir
O tempo, que lhe oferece diversão
Em breve vão luzir
Engalanadas ruas de ilusão!
Há muita mocidade
Jóvens ainda, conscientes disso
Procurando usar a sua idade
Prestando-se ao serviço de gozar
Sua frescura, alegria e viço...
Triste gozo, que, em claras gargalhadas
Nos dão a sensação de "de ja vue"
Já nós fomos assim, ovelhas tresmalhadas
De coração incerto e sentimento cru
É festa uma semana, muito pouco
Esquecem-se agruras em que mergulharam
Aqueles, que, como nós, num grito rouco
Lembramos outras festas que passaram
Tudo vai terminar
Sem luzeiros, farturas, variedade
Ficará a cidade a dormitar
Nos braços de quem sabe o que é saudade!!!
segunda-feira, 19 de agosto de 2013
A Maldita
Era tão esperto
Toninho Toninho
O filho sózinho
De uns Pais já de idade
Criado nos campos
Tal qual um potrinho,
Nunca imaginou
Viver na cidade...
Mas o Pai faltou
E a Mãe se mudou
Por necessidade
Arranjou emprego
Como office boy
Depressa ficou
Rapaz a valer
Ajudava a Mãe
Dando-lhe o sossego
De o ver trabalhar
Crescendo a aprender!
Mas, um triste dia
Daqueles que estão
Guardados no ar
Arranjou um amigo
Cuja companhia
Quis aproveitar...
Toninho Toninho
Tornou-se um drogado
Perdendo a graça
De jovem dotado
A Mãe já cansada
Nada mais fazia
E ia morrendo
Um pouco por dia...
Perto do Natal
Não voltou para casa
Aparecendo morto
Numa vala rasa
Longe da cidade
E a pobre senhora
De olhar absorto
Morava à janela
Da sua saudade...
Toninho Toninho
Brincaria agora
Nos prados floridos
Da terra que fora
O seu paraiso...
Perdeu-se na vida
Por não ter juizo
Tão bem que ele ia!
É sempre preciso
Escolher companhia
Que não traga a morte
Na sua bagagem
A droga é miragem
A droga é loucura...
A Mãe do Toninho
Morreu de amargura...
Toninho Toninho
O filho sózinho
De uns Pais já de idade
Criado nos campos
Tal qual um potrinho,
Nunca imaginou
Viver na cidade...
Mas o Pai faltou
E a Mãe se mudou
Por necessidade
Arranjou emprego
Como office boy
Depressa ficou
Rapaz a valer
Ajudava a Mãe
Dando-lhe o sossego
De o ver trabalhar
Crescendo a aprender!
Mas, um triste dia
Daqueles que estão
Guardados no ar
Arranjou um amigo
Cuja companhia
Quis aproveitar...
Toninho Toninho
Tornou-se um drogado
Perdendo a graça
De jovem dotado
A Mãe já cansada
Nada mais fazia
E ia morrendo
Um pouco por dia...
Perto do Natal
Não voltou para casa
Aparecendo morto
Numa vala rasa
Longe da cidade
E a pobre senhora
De olhar absorto
Morava à janela
Da sua saudade...
Toninho Toninho
Brincaria agora
Nos prados floridos
Da terra que fora
O seu paraiso...
Perdeu-se na vida
Por não ter juizo
Tão bem que ele ia!
É sempre preciso
Escolher companhia
Que não traga a morte
Na sua bagagem
A droga é miragem
A droga é loucura...
A Mãe do Toninho
Morreu de amargura...
quinta-feira, 25 de julho de 2013
DA MENTIRA
DE UM BALÂO FEZ UMA ESTRELA
QUE SE ESPATIFOU NO AR
ENGANOU A QUEM ; AO VE_LA
... PENSOU QUE IRIA BRILHAR:::
VAI TER QUE APANHAR PEDAÇOS
QUE JAZEM; PODRES; NO CHÂO
AS MENTIRAS SÂO ABRAÇOS
QUE ESCONDEM A ESCURIDÂO
ENGANOU A QUEM QUERIA
COMPARTILHAR SEUS ANSEIOS
ALGUEM QUE NADA PEDIA
E ACEITAVA OS DEVANEIOS
PODERIA SER AMOR
AQUELE QUE NUNCA SENTIU
QUE ENVOLVERIA EM CALOR
O TEMPO QUE LHE FUGIU....
NAO TINHA QUE SER,NAO TINHA
MENTIU SEM NUNCA HESITAR
QUEM NASCE ERVA DANINHA
SO SERVE PARA QUEIMAR.....
QUE SE ESPATIFOU NO AR
ENGANOU A QUEM ; AO VE_LA
... PENSOU QUE IRIA BRILHAR:::
VAI TER QUE APANHAR PEDAÇOS
QUE JAZEM; PODRES; NO CHÂO
AS MENTIRAS SÂO ABRAÇOS
QUE ESCONDEM A ESCURIDÂO
ENGANOU A QUEM QUERIA
COMPARTILHAR SEUS ANSEIOS
ALGUEM QUE NADA PEDIA
E ACEITAVA OS DEVANEIOS
PODERIA SER AMOR
AQUELE QUE NUNCA SENTIU
QUE ENVOLVERIA EM CALOR
O TEMPO QUE LHE FUGIU....
NAO TINHA QUE SER,NAO TINHA
MENTIU SEM NUNCA HESITAR
QUEM NASCE ERVA DANINHA
SO SERVE PARA QUEIMAR.....
sexta-feira, 12 de julho de 2013
OS POLITICOS
DAS PALAVRAS VAZIAS FAZEM CUNHAS
CRAVADAS NA MURALHA DO PAÍS
CERTEZAS NENHUMAS
MAS CADA UM SE ENCANTA NO QUE DIZ...
EMPOLGAM-SE....ATENTOS AOS CENÁRIOS
QUE ELES MESMO, CONSTRÓIEM
E , TODOS MILIONÁRIOS,
NÃO HÁ NADA QUE APOIEM...
DIVERGEM E DESTRÓIEM
E AINDA COBRAM O QUE VÃO DIZER...
ALGUNS, JÁ CENTENÁRIOS
ESTENDEM-SE A VALER.....
A LIBERDADE TROUXE-LHES O BEM ESTAR
O BEM VIVER
E AINDA O BEM ESQUECER....
O POVO...NÓS
ESCUTAMOS TANTA VOZ
ALHEIA E OCA
QUE COM UMA INDIFERENÇA JÁ BACOCA
VEMOS PASSAR O TEMPO.
E PORTUGAL, ESTA PÁTRIA EXAURIDA
A POUCO E POUCO, "CAINDO NA REAL",
DEIXANDO-SE ENGANAR EM PURA PERDA....
ATÉ QUE UM DIA ,MANDA TUDO Á MERDA
E VAI PEDIR A ESPANHA EM CASAMENTO!!!!!
CRAVADAS NA MURALHA DO PAÍS
CERTEZAS NENHUMAS
MAS CADA UM SE ENCANTA NO QUE DIZ...
EMPOLGAM-SE....ATENTOS AOS CENÁRIOS
QUE ELES MESMO, CONSTRÓIEM
E , TODOS MILIONÁRIOS,
NÃO HÁ NADA QUE APOIEM...
DIVERGEM E DESTRÓIEM
E AINDA COBRAM O QUE VÃO DIZER...
ALGUNS, JÁ CENTENÁRIOS
ESTENDEM-SE A VALER.....
A LIBERDADE TROUXE-LHES O BEM ESTAR
O BEM VIVER
E AINDA O BEM ESQUECER....
O POVO...NÓS
ESCUTAMOS TANTA VOZ
ALHEIA E OCA
QUE COM UMA INDIFERENÇA JÁ BACOCA
VEMOS PASSAR O TEMPO.
E PORTUGAL, ESTA PÁTRIA EXAURIDA
A POUCO E POUCO, "CAINDO NA REAL",
DEIXANDO-SE ENGANAR EM PURA PERDA....
ATÉ QUE UM DIA ,MANDA TUDO Á MERDA
E VAI PEDIR A ESPANHA EM CASAMENTO!!!!!
segunda-feira, 20 de maio de 2013
Heróis do Mar
E é nesta primavera, dolorosa e fria
Que todos nós esperamos,
Que a terra, encharcada e vazia
Tem saudade dos ramos...
Nas árvores, com seus braços
Nus e esquálidos
Começam a apontar
Uns vestígios de cor
Sem sol para copular
E dos frutos sem sabor
Mirrados, muito pálidos
Poucos hão-de vingar...
-------------------
Portugal anoitece
de vagar...
Não perdoa nem esquece
Tenta continuar!!!
É um país cuja cabeça branca
Ainda se levanta
Com a nobreza
E a força do passado,
Lutando contra a incerteza
Com seu histórico herdado...
Abril de àguas mil
Está aí!
Outro Abril o fez cantar e ser
Cingindo cravos vermelhos
(a saudade nos faz a todos velhos).
Hoje, nada mais existe
Do que um povo sofrido, despojado e triste.
E quando a primavera nacional enfim surgir
Encontra Portugal em frente ao mar
Sem novas caravelas a partir...
Que todos nós esperamos,
Que a terra, encharcada e vazia
Tem saudade dos ramos...
Nas árvores, com seus braços
Nus e esquálidos
Começam a apontar
Uns vestígios de cor
Sem sol para copular
E dos frutos sem sabor
Mirrados, muito pálidos
Poucos hão-de vingar...
-------------------
Portugal anoitece
de vagar...
Não perdoa nem esquece
Tenta continuar!!!
É um país cuja cabeça branca
Ainda se levanta
Com a nobreza
E a força do passado,
Lutando contra a incerteza
Com seu histórico herdado...
Abril de àguas mil
Está aí!
Outro Abril o fez cantar e ser
Cingindo cravos vermelhos
(a saudade nos faz a todos velhos).
Hoje, nada mais existe
Do que um povo sofrido, despojado e triste.
E quando a primavera nacional enfim surgir
Encontra Portugal em frente ao mar
Sem novas caravelas a partir...
sexta-feira, 10 de maio de 2013
Sem Abrigo
Ficou ali
Debaixo de uma escada
Tirou dos sacos uma manta usada
Que estendeu no chão
Fez um ninho de cão
Com palha e farrapada
Cobriu-se com jornais
(Que até falavam dele
E outros tais
Pois cada vez há mais!)
Fez um docel
Com uma velha pele
Rafada
Encomendou-se ao Nada
E dormiu
A cidade, passando açodada
Não via nada
E a familia
Fingia que não o conhecia...
Ali ficou até anoitecer
Viriam as senhoras a oferecer
Sopinha quente e uma maçã
Só para confortar
E ele irá guardar
Em cada mão
Um pão
Para comer de manhã
Se acordar...
Debaixo de uma escada
Tirou dos sacos uma manta usada
Que estendeu no chão
Fez um ninho de cão
Com palha e farrapada
Cobriu-se com jornais
(Que até falavam dele
E outros tais
Pois cada vez há mais!)
Fez um docel
Com uma velha pele
Rafada
Encomendou-se ao Nada
E dormiu
A cidade, passando açodada
Não via nada
E a familia
Fingia que não o conhecia...
Ali ficou até anoitecer
Viriam as senhoras a oferecer
Sopinha quente e uma maçã
Só para confortar
E ele irá guardar
Em cada mão
Um pão
Para comer de manhã
Se acordar...
sexta-feira, 19 de abril de 2013
Paixão e Morte
Foi do teu lábio a último palavra
Abre o silêncio a copa poderosa
É o funeral da rosa...
Calaste assim o explendor da graça
Nas infinitas noites de soluços
A coragem despiu sua couraça
E desmaiou... de bruços...
Cobriram-se as colinas de um tom baço
Grama cortada rente, apodreceu
Mil estrelas anâs, em debandada
Perderam-se no céu...
Quem crê, altera
Vai ficando à espera
Tenta ocultar as rugas da quimera
Num frenesim sem conclusão
Ou rumo
Ganha a esperança o pratear do fumo
Como se a alma
Em cinza se tornasse
O vento, látego primário
Repete-se igual como um rosário
Nessas horas pastosas
Já previstas
Palavras ditas
Erguem-se do chão
Como espinhos urdidos de vagar...
Foi do teu lábio a última palavra
Há que apagar
O fogo que ainda lavra
Na acidez secreta do ciúme
Perdeu-se a lava
Ficou só perfume...
Abre o silêncio a copa poderosa
É o funeral da rosa...
Calaste assim o explendor da graça
Nas infinitas noites de soluços
A coragem despiu sua couraça
E desmaiou... de bruços...
Cobriram-se as colinas de um tom baço
Grama cortada rente, apodreceu
Mil estrelas anâs, em debandada
Perderam-se no céu...
Quem crê, altera
Vai ficando à espera
Tenta ocultar as rugas da quimera
Num frenesim sem conclusão
Ou rumo
Ganha a esperança o pratear do fumo
Como se a alma
Em cinza se tornasse
O vento, látego primário
Repete-se igual como um rosário
Nessas horas pastosas
Já previstas
Palavras ditas
Erguem-se do chão
Como espinhos urdidos de vagar...
Foi do teu lábio a última palavra
Há que apagar
O fogo que ainda lavra
Na acidez secreta do ciúme
Perdeu-se a lava
Ficou só perfume...
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
... Lenga... Lenga...
Morre , ficando no prazer banido
Como um Sol menor, um sustenido
Uma tensão perdida
De não ser o que era
O lado mais cruel da Primavera...
Rompe do silêncio
A ìnvia mascarilha
E queima o portal do incenso
A lume brando.
Ninguém esperou por ti
Nem mesmo quando
Disseste um dia:
- Aguarda o meu regresso! -
Gastas os teus desenhos
Circulares
Enfeitando de esferas
Armilares
A rota de ficar
E quando os lírios
Romperem do rizoma
Se acaso te lembrares
Come a maçã
Antes que outro a coma...
Não te conheço
Apenas sei que existes
Nesta esfera interior
Crio cenários
Diferentes e tristes
Mas sempre iluminados
Pelo amor...
Agora parto
Vou, para outro lado
Lá onde estão
As cinzas do passado
E abraço-me à história
Porque não há pecado mais pecado
Do que a fome e a sede da memória!!!
Como um Sol menor, um sustenido
Uma tensão perdida
De não ser o que era
O lado mais cruel da Primavera...
Rompe do silêncio
A ìnvia mascarilha
E queima o portal do incenso
A lume brando.
Ninguém esperou por ti
Nem mesmo quando
Disseste um dia:
- Aguarda o meu regresso! -
Gastas os teus desenhos
Circulares
Enfeitando de esferas
Armilares
A rota de ficar
E quando os lírios
Romperem do rizoma
Se acaso te lembrares
Come a maçã
Antes que outro a coma...
Não te conheço
Apenas sei que existes
Nesta esfera interior
Crio cenários
Diferentes e tristes
Mas sempre iluminados
Pelo amor...
Agora parto
Vou, para outro lado
Lá onde estão
As cinzas do passado
E abraço-me à história
Porque não há pecado mais pecado
Do que a fome e a sede da memória!!!
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