Coroa
Luz
Vestigios de paixão
Luar que fugiu do chão
Restos de leite
Desenho de emoção
O tempo coalhado
Noites vagas
Presença do passado
Arquétipo guardado
Asa sem vento
Tradução do tempo
Perdão sem o perdão
Ternura em pedaços
Pégadas dos abraços
Grito... Gritos
Dos beijos já proscritos
Mil enganos, traições
Esgarçadas lições
Vela sem pavio...
E o que não se crê
E é coração...
Perguntas... porquê? porquê?
E sempre porque não...
Reposta toda aberta
De raiva encoberta
Ossos brancos da alma
Dom, sangue, condição
História feita pão
Da vida...
Puro granizo alheio
Véu de amor
E a palavra do meio
Que nunca ninguém escuta...
Poema...
Pena...
Luta...
sábado, 30 de junho de 2012
Efemeride
Efeméride
Descobrir lentamente
A acidez do fruto,
Abrir enfim no labio devoluto
Residual aspeto á saciedade,
Procurar na raiz
A seiva da saudade
Descobrir o que diz
O rumor que a invade....
Ver na ínvia colheita
O gesto absoluto
Dessa paz que nasceu
Na lágrima e no luto...
Cultivar o segredo
Do momento imperdivel
Sem nunca ter noção
Do certo ou do possivel,
Esquecer a lonjura
Arcar com o silencio
A escuridão e o medo
E com fé e ternura
Guardar aquele segredo
Que enreda... enreda
Como uma amarga teia....
Despertar de manhã
Da mesma melopeia
Que embala a inocente
Ideia do presente,
Aulico e suspenso da biblica recusa
Atraiçoada
O fruto sempre ali....
A escrever o verso que não usa
Descobrir lentamente
A acidez do fruto,
Abrir enfim no labio devoluto
Residual aspeto á saciedade,
Procurar na raiz
A seiva da saudade
Descobrir o que diz
O rumor que a invade....
Ver na ínvia colheita
O gesto absoluto
Dessa paz que nasceu
Na lágrima e no luto...
Cultivar o segredo
Do momento imperdivel
Sem nunca ter noção
Do certo ou do possivel,
Esquecer a lonjura
Arcar com o silencio
A escuridão e o medo
E com fé e ternura
Guardar aquele segredo
Que enreda... enreda
Como uma amarga teia....
Despertar de manhã
Da mesma melopeia
Que embala a inocente
Ideia do presente,
Aulico e suspenso da biblica recusa
Atraiçoada
O fruto sempre ali....
A escrever o verso que não usa
A pagina rasgada
De ti.....M.A.R
quarta-feira, 13 de junho de 2012
Lágrimas
Eram lágrimas azuis
As que caiam no rosto
Quando chorava na praia
Com saudades do sol posto
Foram lágrimas cinzentas
Quando ele se foi embora
Tão grossas, tão violentas,
Que ainda pesam agora
Eram águas cristalinas
Quando perdi o meu pai
Água pura da menina
Que eu não fui nunca mais
Foram lágrimas rosadas
As que a minha mãe levou
Entre as suas mãos cruzadas
Que um rosário abençoou...
Foram lágrimas de leite
Quando tu, filha, nascias
Todo o que eu tive, eu dei-te
Tu mamavas... e sorrias...
Foram lágrimas douradas
As que aos netos entreguei
Hoje são lágrimas caladas
Porque nunca mais chorei...
Hoje, são lágrimas do rio
Que na minha terra corre
Que me agasalham do frio
Deste amor que nunca morre!
As que caiam no rosto
Quando chorava na praia
Com saudades do sol posto
Foram lágrimas cinzentas
Quando ele se foi embora
Tão grossas, tão violentas,
Que ainda pesam agora
Eram águas cristalinas
Quando perdi o meu pai
Água pura da menina
Que eu não fui nunca mais
Foram lágrimas rosadas
As que a minha mãe levou
Entre as suas mãos cruzadas
Que um rosário abençoou...
Foram lágrimas de leite
Quando tu, filha, nascias
Todo o que eu tive, eu dei-te
Tu mamavas... e sorrias...
Foram lágrimas douradas
As que aos netos entreguei
Hoje são lágrimas caladas
Porque nunca mais chorei...
Hoje, são lágrimas do rio
Que na minha terra corre
Que me agasalham do frio
Deste amor que nunca morre!
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