Menininha!
Dá-me a tua mão, criança
E sente como eu te imploro
Um pouco dessa inocencia
Com que exageras o choro
Com que pedes... o que for
Eu quero chorar assim
De novo, convitamente
E como tu, de repente
Sorrir à primeira flor...
Quero chapinhar contigo
No translucido laguinho
Que as chuvas improvisaram
Sem ir pensar que adoeço
Ou no exagerado preço
Dos sapatos que estragaram
Leva-me ao raio de sol
Que pos seus ovos dourados
Nos teus olhos transparentes
E mostra-me o rouxinol
Que te ensinou os trinados
Dos teus gorgeios contentes
(o teu balão colorido
É como a vida da gente
Enche, enche, convencido
E estoura... subitamente)
Ensina-me menininha
A ser alegre e a brincar
A fazer uma casinha
Com pedrinhas cor do mar
Vamos fazer uma horta
Com raminhos de jasmim?
E ensinas-me onde é a porta
Do palacio de Aladin?
Levas-me à tua Avó
Que a olhar-te se distrai?
E quando fizeres óó
Emprestas-me o teu Pai?
Ó menininha inquieta
Que alegras a tarde mansa
Como uma borboleta
Que se transforma em criança
Salva já essa pureza
Guarda bem tua alegria
Parte... Morre de surpresa
Hoje ao findar do dia...
Há mais poesia no ar
ResponderEliminarHá belos versos aqui
Se eu sobesse versejar
Fazia uma quadra para ti