APELO
Cola em meu rosto
Aquela mão amiga
Que traz da sombra
Um sol remanescente
Recolhe da penumbra
Uma cantiga
Que faça crescer em mim
Um deus contente
Como Pan saltitando
Entre maciços
Da sua flauta
Recolhendo os vícios
De melodia ímpar e carnal
E arranca de mim este silício
De uma funesta e torpe bacanal
Bebamos à saúde da beleza
Que por vezes se esconde na certeza
De que algo em nós é imortal…
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