terça-feira, 10 de abril de 2012

O abraço

O abraço

Subtil... ás carreirinhas
Vem chegando a madrugada
E a cidade encostada
Sobre as ruas ás tirinhas
Saiu de um conto de Grim,
São seis horas da manhã
Há Páscoa dentro de mim...

O folar ainda cabe
Na algibeira da memória
Tão bem é que já não sabe
Também ele passou à história.
(esta crueza de ver
as coisas como elas são,
está a fazer-me crer
que esgotei a ilusão)
Maaaas... de repente pode haver
Abraços no coração...
Meiga frescura esta aragem
Que vem não se sabe de onde
Um elfozinho responde
A este bulir da aragem
Saltitante e folião,
Já anda pela ramagem
A fabricar o Verão!
Ai, um pequeno prazer
Inesperado e aflito
Como faz tudo parecer
Bonito...
Mas as rédeas são de aço
E nos impõem as peias
Por mais que escorra melaço
Das palavras e das veias...
Vazio fica o espaço
Do abraço
Das ideias...

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