Morre , ficando no prazer banido
Como um Sol menor, um sustenido
Uma tensão perdida
De não ser o que era
O lado mais cruel da Primavera...
Rompe do silêncio
A ìnvia mascarilha
E queima o portal do incenso
A lume brando.
Ninguém esperou por ti
Nem mesmo quando
Disseste um dia:
- Aguarda o meu regresso! -
Gastas os teus desenhos
Circulares
Enfeitando de esferas
Armilares
A rota de ficar
E quando os lírios
Romperem do rizoma
Se acaso te lembrares
Come a maçã
Antes que outro a coma...
Não te conheço
Apenas sei que existes
Nesta esfera interior
Crio cenários
Diferentes e tristes
Mas sempre iluminados
Pelo amor...
Agora parto
Vou, para outro lado
Lá onde estão
As cinzas do passado
E abraço-me à história
Porque não há pecado mais pecado
Do que a fome e a sede da memória!!!
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
Maresia
Cansada e insone,
Recebo esta manhã
Gelada como a fome
Mental que me atrofia.
Regresso então ao mar
Aonde cada dia
È uma benção de sal
De sol e maresia...
E o mar beija-me toda e me confia
O segredo fiel da onda e da bruma...
E é então que encontro funda, muito funda
Uma concha de espuma
Sem perola nenhuma....
Recebo esta manhã
Gelada como a fome
Mental que me atrofia.
Regresso então ao mar
Aonde cada dia
È uma benção de sal
De sol e maresia...
E o mar beija-me toda e me confia
O segredo fiel da onda e da bruma...
E é então que encontro funda, muito funda
Uma concha de espuma
Sem perola nenhuma....
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
Ponto de fuga
Virá o dia em que me hás-de perder
Dirás um palavrão
Porra... Só me faltava esta!
Será o teu modo de sofrer
Um fim de festa...
Mas, às seis horas da tarde
Sentirás uma porta que bate
Nessa tua maneira de sorrir...
Levo eu a chave
Dessa porta aberta
Na tua vida e nos teus cuidados
Entre os meus dedos frios e cerrados
Como quem guarda aquilo que lhe cabe...
E tenho pena
De partir assim
A vida foi pequena
Para mim...
A noite há-de parecer-te mais escura
Nenhuma estrela cairá madura
No teu abraço quente
E eu, em ti
Hei-de ficar segura
Finalmente...
Dirás um palavrão
Porra... Só me faltava esta!
Será o teu modo de sofrer
Um fim de festa...
Mas, às seis horas da tarde
Sentirás uma porta que bate
Nessa tua maneira de sorrir...
Levo eu a chave
Dessa porta aberta
Na tua vida e nos teus cuidados
Entre os meus dedos frios e cerrados
Como quem guarda aquilo que lhe cabe...
E tenho pena
De partir assim
A vida foi pequena
Para mim...
A noite há-de parecer-te mais escura
Nenhuma estrela cairá madura
No teu abraço quente
E eu, em ti
Hei-de ficar segura
Finalmente...
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
Poder
Porque tenho poder
Eu te proibo
A nostalgia das tardes de setembro
Porque tenho poder
Eu te proibo
A languidez das folhas do negrilho
As petalas caidas sobre a relva
Da roseira que teve mais um filho...
Porque tenho poder
Eu te proibo
A limpidez do ceu
Que como eu
Te espera calmo e puro
E porque tenho poder
Eu te esconjuro
A seres fiel aos lidimos sinais
Que não perderão mais os teus sentidos...
E porque tenho poder
Eu te proibo
A tua masculina saciedade
De te saberes amado de verdade!
Porque tenho poder
Eu te proibo
De ignorares que há acasos tais
Tão lidimos...fatais
E exclusivos
Que são
A unica razão
De estarmos vivos....
Maria Augusta Ribeiro
Eu te proibo
A nostalgia das tardes de setembro
Porque tenho poder
Eu te proibo
A languidez das folhas do negrilho
As petalas caidas sobre a relva
Da roseira que teve mais um filho...
Porque tenho poder
Eu te proibo
A limpidez do ceu
Que como eu
Te espera calmo e puro
E porque tenho poder
Eu te esconjuro
A seres fiel aos lidimos sinais
Que não perderão mais os teus sentidos...
E porque tenho poder
Eu te proibo
A tua masculina saciedade
De te saberes amado de verdade!
Porque tenho poder
Eu te proibo
De ignorares que há acasos tais
Tão lidimos...fatais
E exclusivos
Que são
A unica razão
De estarmos vivos....
Maria Augusta Ribeiro
terça-feira, 11 de setembro de 2012
Maria
Subia a rua,
Descorada e laça
Chamava-se Maria
Não tendo solução para a desgraça
Vivia...
Carregava consigo alguns volumes
E um pobre cachorrinho
Ganindo os seus queixumes
E um pequeno rádio que tocava...
A saia, um trapo velho a fazer ciúmes
Ao lixo da calçada
Uma blusa de cetim vermelho
Que já brilhara num baile de embaixada
Flores secas nos cabelos
E uns olhos que pediam para ser belos
Mirando sempre além...
Andava devagar,
Sem atropelos
Tal como quem
Indo é que vem...
Alheias, as pessoas
Nos seus trilhos
Pensando no trabalho, na casa e nos filhos
Corriam como lebres no coutado...
E nem o som do fado
As atraia...
Onde iria
Maria?
A nenhum lado!
Imagem de um destino
Perdedor
Levava dentro dela o passado
Quem sabe lá se de um imenso amor?
Um pequeno sorriso lhe franzia
A tristissima boca...
O mundo a percebia
Como Maria
A louca...
Descorada e laça
Chamava-se Maria
Não tendo solução para a desgraça
Vivia...
Carregava consigo alguns volumes
E um pobre cachorrinho
Ganindo os seus queixumes
E um pequeno rádio que tocava...
A saia, um trapo velho a fazer ciúmes
Ao lixo da calçada
Uma blusa de cetim vermelho
Que já brilhara num baile de embaixada
Flores secas nos cabelos
E uns olhos que pediam para ser belos
Mirando sempre além...
Andava devagar,
Sem atropelos
Tal como quem
Indo é que vem...
Alheias, as pessoas
Nos seus trilhos
Pensando no trabalho, na casa e nos filhos
Corriam como lebres no coutado...
E nem o som do fado
As atraia...
Onde iria
Maria?
A nenhum lado!
Imagem de um destino
Perdedor
Levava dentro dela o passado
Quem sabe lá se de um imenso amor?
Um pequeno sorriso lhe franzia
A tristissima boca...
O mundo a percebia
Como Maria
A louca...
terça-feira, 28 de agosto de 2012
Culpa
Estar mais perto que estar
Conluio lateral
Página seca da seiva do portal
Do expontaneo, natural, sublime...
Culpa que o tempo já não mais redime
Ardencia no olhar
Que tudo vê...
Antes, os laços
No berço ocupado
Pelo docel dos braços
Protetores
E quando o cerro
Gelado e sem flores
Sussurra de agonia
Curvam-se os dedos
Sobre o som do nada
Faz-se silêncio sobre cada estrada
Que leva à alegria...
Assim se cria e faz
O noivado da paz...
Conluio lateral
Página seca da seiva do portal
Do expontaneo, natural, sublime...
Culpa que o tempo já não mais redime
Ardencia no olhar
Que tudo vê...
Antes, os laços
No berço ocupado
Pelo docel dos braços
Protetores
E quando o cerro
Gelado e sem flores
Sussurra de agonia
Curvam-se os dedos
Sobre o som do nada
Faz-se silêncio sobre cada estrada
Que leva à alegria...
Assim se cria e faz
O noivado da paz...
sexta-feira, 17 de agosto de 2012
Tu és mar
Vem me navegar
Veleiro do sul
Vem aproveitar
Um ocaso azul
A onda do seio
Se abrirá ao meio
Para te embalar
Orienta a quilha
Para a doce ilha
Que irá te acolher
Sou mar e sou espuma
Sou mais do que uma
Sereia-mulher
Sou concha soando
No teu universo
Sou onda voando
Na margem de um verso
Sou alga molhada
Sobre a tua pele
Rota perfumada
Cruzeiro de mel...
Horizonte certo
Tão perto... Tão perto...
Veleiro do sul
Vem aproveitar
Um ocaso azul
A onda do seio
Se abrirá ao meio
Para te embalar
Orienta a quilha
Para a doce ilha
Que irá te acolher
Sou mar e sou espuma
Sou mais do que uma
Sereia-mulher
Sou concha soando
No teu universo
Sou onda voando
Na margem de um verso
Sou alga molhada
Sobre a tua pele
Rota perfumada
Cruzeiro de mel...
Horizonte certo
Tão perto... Tão perto...
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